Diálogo na Venezuela será ‘reativado’ no dia 13 de janeiro

Enviado do Vaticano para acompanhar conversas políticas no país disse que etapa atual do processo visa permitir a ‘consolidação e sustentabilidade’ dos diálogos

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - O enviado do Vaticano para acompanhar o diálogo político na Venezuela, monsenhor Claudio María Celli, disse na terça-feira que o processo será "reativado" no dia 13 de janeiro, já que a partir de agora terá início uma etapa de revisão que permita a "consolidação e sustentabilidade" dessas conversas.

"Pedimos às autoridades que não aprovem ou abstenham-se de emitir decisões que dificultem o relacionamento entre eles e o processo de diálogo até o dia 13 de janeiro de 2017", afirmou Celli. "Esse prazo, tal como acordado, será utilizado para trabalhar de maneira imediata nas mesas temáticas do diálogo nacional", explicou ele aos jornalistas no hotel de Caracas, onde governo e oposição mantiveram contatos separados com os mediadores.

Outro dado medido pelo observatório foi o total de saques ocorridos no país: 21 em setembro, além de 33 tentativas frustradas. Esses números representam um aumento de 100% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em todo o ano, o país teve ao menos 678 saques a lojas e comércios Foto: REUTERS/Henry Romero

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Celli afirmou que no âmbito do processo de diálogo "foi colocada a necessidade de estabelecer um mecanismo de verificação" dos acordos. "Notamos que, embora existam resultados positivos óbvios, ainda existem temas da agenda que estão pendentes, como foi expresso pelos representantes dos partidos."

Ele acrescentou que é preciso iniciar uma etapa que leve "em direção à reativação, consolidação e sustentabilidade do diálogo nacional", e foi apresentado às partes "uma proposta de trabalho", mas não deu mais detalhes a respeito.

Enquanto isso, o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, disse que as "preocupações" que existem em cada uma das partes envolvidas no diálogo foram recolhidas.

Ele afirmou também que a Unasul e o Vaticano, como acompanhantes do processo, solicitaram aos atores políticos de cada um dos lados "que seria muito conveniente, em benefício do diálogo, que se estabelecesse um cessar-fogo midiático".

Samper destacou que continuará trabalhando nas "próximas semanas" para começar o ano de 2017 com "resultados suficientes para realizar uma nova plenária por meio da qual serão validados esses compromissos". / EFE

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