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Diane James, líder de partido eurofóbico no Reino Unido, renuncia após 18 dias no cargo

Em comunicado e mensagens publicadas em sua conta no Twitter, a eurodeputada escolhida para suceder o emblemático Nigel Farage afirmou que não tinha 'suficiente autoridade, nem apoio, de todos os colegas' para 'implementar as mudanças que considera necessárias'

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LONDRES - O partido britânico eurofóbico Partido da Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês), principal porta-bandeira do "Brexit", está nesta quarta-feira, 5, imerso em uma profunda crise por conta da inesperada renúncia de sua líder, Diane James, após 18 dias no cargo.

A decisão foi tomara após Diane constatar que não tinha autoridade sobre a legenda. Em comunicado, ela alegou motivos "pessoais e profissionais" e afirmou que não lhe deram "suficiente autoridade" para introduzir as mudanças que desejava no partido, terceiro do Reino Unido em número de votos e com um deputado na Câmara dos Comuns.

Diane James renunciou à liderença do UKIP apenas 18 dias depois de assumir a posição alegando 'falta de apoio' Foto: Ben Birchall/PA via AP

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"É evidente que não tenho suficiente autoridade, nem apoio, de todos os meus colegas membros do Parlamento Europeu e dos representantes do partido para implementar mudanças que eu considero necessárias", disse Diane em sua conta do Twitter.

Diane James disse que permanecerá como eurodeputada pelo partido, que é a força britânica mais representada no parlamento europeu, com 22 cadeiras. O presidente do UKIP, Paul Oakden, confirmou hoje a renúncia da líder eleita e antecipou que convocará uma reunião de emergência para desenhar o processo para escolher o sucessor de Diane.

O antigo líder do UKIP, Nigel Farage, que centrou sua carreira política em promover a saída da União Europeia (UE), assegurou que não pensa voltar à liderança "nem por US$ 10 milhões". Farage, que também é eurodeputado, deixou a direção do UKIP após a vitória do "Brexit", no referendo de junho, por considerar que já tinha cumprido seu sonho e objetivo político de tirar o país da UE./ EFE e AFP

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