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Dias de intervenção americana e britânica acabaram, diz May

Um dia antes de uma reunião com Trump, premiê britânica diz que Reino Unido e EUA têm uma responsabilidade de liderar juntos

Atualização:

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou nesta quinta-feira, 26, que a relação entre seu país e os Estados Unidos é "uma das maiores forças para o progresso que o mundo já conheceu". Em discurso durante visita ao país, May também advertiu contra uma eventual retirada dos EUA das questões globais. 

A primeira-ministra britânica, Theresa May, fala a congressistas republicanos Foto: REUTERS/Mark Makela

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Um dia antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, a primeira após o republicano assumir o poder, May disse em uma reunião de congressistas republicanos que o Reino Unido e os EUA têm uma responsabilidade de liderar juntos, enquanto redefinem seus papéis no mundo.

May afirmou que chegou a hora de EUA e Grã-Bretanha “lutarem pelos próprios interesses”, sem voltar às “fracassadas políticas intervencionistas” do passado. Falando a uma plateia da qual Trump também fez parte, a primeira-ministra defendeu a “soberania” dos países. “Os dias de intervenção britânica e americana na soberania dos países em uma tentativa de reconstruir o mundo sob a nossa imagem estão acabados”, disse. 

A premiê disse que o mundo passa por uma mudança e é preciso escolher entre ser um espectador passivo ou liderar. Sem mencionar a política de "América em primeiro lugar" de Trump, a premiê disse que os EUA e o Reino Unido não podem se dar ao luxo de ficar à espera quando é dos seus interesses intervir nas questões globais, entre elas o combate ao extremismo islâmico. Ela ressaltou, porém, a importância de se diferenciar os extremistas islâmicos dos partidários pacíficos dessa religião.

Trump e May conseguiram vitórias em 2016 com promessas de redefinir o papel de seus países no mundo. Eles divergem, contudo, em questões importantes, como o acordo nuclear com o Irã, que Trump rejeita, e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), considerada obsoleta por Trump. / AP 

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