LONDRES - O governo brasileiro enterrou qualquer esperança que o Reino Unido tinha em obter o apoio do Brasil no que se refere à situação das ilhas Malvinas. Nesta quarta-feira, 25, o primeiro-ministro David Cameron usou o encontro com a presidente Dilma Rouseff em Londres para reforçar a posição britânica em relação à ilha disputada. Mas a brasileira não deu margem sequer para um debate.
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"Deixamos claro que a América do Sul tem uma posição coordenada de respaldo à Argentina", declarou o chanceler Antonio Patriota, explicando a reunião entre Dilma e Cameron. Segundo o brasileiro, tanto a Unasul quanto outros órgãos regionais haviam dado seu respaldo completo aos argentinos e Dilma deixou claro na reunião que o Brasil não pretendia mudar de posição.
O Estado apurou que o governo britânico calculava que os interesses do Brasil poderiam levar em conta uma política externa que iria bem além da região e que, portanto, haveria espaço para um diálogo com Brasília sobre a questão. "O Brasil não pode ficar refem disso. O Brasil tem interesses globais", apontou um diplomata britânico. Mas Dilma não deu espaço para Cameron quando o assunto foi levantado.