10 de dezembro de 2010 | 16h51
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje, após ser homenageado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que nunca conversou com a presidente eleita, Dilma Rousseff, sobre a abstenção do Brasil em uma votação na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a condenação ao apedrejamento de mulheres no Irã.
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"Eu não vou comentar a política externa da presidente Dilma. Ela vai ter o chanceler dela", afirmou, referindo-se à entrevista que Dilma concedeu ao jornal Washington Post na semana passada em que declarou não concordar com os votos do Brasil a respeito do Irã.
O ministro disse ter ficado "decepcionado" com a notícia de que a iraniana Sakineh Ashtiani não foi libertada pelo governo do Irã, como foi informado ontem por organizações não-governamentais (ONGs).
Novo chanceler. Amorim também comentou que a presidente eleita "teve a delicadeza de me ligar para informar da nomeação" do embaixador Antonio Patriota para o cargo de ministro das Relações Exteriores.
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