PUBLICIDADE

Equipes preparam envio de 13 equipamentos de mergulho e drenam água de caverna para acelerar resgate

Maior preocupação das autoridades é que nível da água suba a ponto de impossibilitar resgate do grupo de 12 meninos e seu técnico, que estão há 12 dias presos

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MAE SAI, TAILÂNDIA - As equipes de emergência da Tailândia examinam nesta quinta-feira, 5, as opções para resgatar os 12 meninos e seu treinador de futebol que estão presos há 12 dias em uma caverna, diante do risco de aumento do nível da água, com a previsão do retorno da chuva.

PUBLICIDADE

"Esta manhã preparamos os 13 equipamentos de mergulho para poder fazer o resgate de maneira urgente, para o caso de o grupo precisar ser retirado sem estar 100% preparado", disse Narongsak Osotthakorn, governador da província de Chiang Rai que comanda a célula de crise. 

+ Meninos tailandeses devem ser retirados de caverna aos poucos, diz governador

+ Meninos em caverna na Tailândia começam a ter aulas de mergulho

Segundo a estimativa do governador, o nível da água caiu cerca de 40% desde o início das operações Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

"Nossa maior preocupação é a meteorologia. Estamos em uma corrida contra o tempo, agora estamos em uma corrida contra a água", declarou Osotthakorn. Os socorristas tentam reduzir o nível da água de forma suficiente para que as crianças não precisem mergulhar ou tenham que mergulhar por pouco tempo. 

O governador afirmou que um mergulhador experiente precisa de 11 horas para ir e voltar do local onde estão as crianças: seis horas na ida e cinco horas na volta, aproveitando a corrente.

+ Não sabíamos se seríamos resgatados, lembra chileno que ficou 69 dias preso em uma mina

Publicidade

+ Para entender: os riscos no resgate dos meninos presos em uma caverna na Tailândia

"Calculamos o tempo que nos resta, em horas e em dias, no caso de chuva e de que água invada a caverna", explicou Osotthakorn. O trajeto de retorno tem vários quilômetros e inclui áreas estreitas.

Alguns trechos terão que ser percorridos debaixo d'água e por este motivo os socorristas estão ensinando os jovens a mergulhar.

"Nossa principal missão é bombear a água", afirmou o governador, antes de indicar que continua sendo examinada a possibilidade de cavar um túnel vertical. "Estudamos cada metro quadrado para ver se um dos poços leva à caverna", disse.

As chuvas torrenciais bloquearam os jovens na caverna no dia 23 de junho, depois que o grupo decidiu, por um motivo que ainda não está claro, entrar no local após o treinamento de futebol com seu técnico, que tem 25 anos. Os parentes dos meninos citaram uma possível festa de aniversário para um dos jovens, que completou 16 anos no dia 23.

Tensão.

Na área reservada às famílias, a inquietação é cada vez maior. 

Publicidade

A volta da chuva, prevista para sexta-feira, na temporada de monções, poderia precipitar a operação de resgate, pois existe o risco de que as tempestades inundem a caverna. "Escutei que vai chover de novo. Estou muito preocupada", afirmou Sunida Wongsukchan, parente de um dos meninos presos na caverna. 

Nesta quinta-feira, as autoridades ainda não divulgaram vídeos dos meninos. As imagens do momento em que os mergulhadores britânicos encontraram os jovens, com idades entre 11 e 16 anos, na segunda-feira 2, deram a volta ao mundo: eles aparecem magros, reunidos sobre uma rocha.

Desde então a situação do grupo melhorou, pois as equipes de emergência estabeleceram um rodízio para ficar ao lado do grupo, que recebe alimentação e aulas sobre como utilizar o equipamento de mergulho.

Até o momento fracassaram as tentativas para instalar uma linha telefônica que permitira o contato dos meninos com os pais. Uma nova tentativa de instalação será feita ainda nesta quinta-feira.

Recado. 

"Muita força", disse Mario Sepúlveda - um dos 33 mineiros chilenos que ficaram 69 dias sob a terra - aos 12 meninos e seu técnico de futebol. Sepúlveda revelou que está disposto a viajar à Tailândia para contribuir com sua experiência aos esforços de resgate. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.