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Dinamarca anuncia que reabrirá embaixada em Jacarta

Por Agencia Estado
Atualização:

O embaixador da Dinamarca na Indonésia, Niels Erik Andersen, retornou para a capital Jacarta nesta terça-feira e irá reabrir a embaixada assim que possível, anunciou o ministro do exterior dinamarquês, Per Stig Moeller. A embaixada foi fechada temporariamente no dia 11 de fevereiro, depois que cerca de 150 muçulmanos protestaram contra a publicação das caricaturas de Maomé e queimaram uma bandeira da Dinamarca. A Indonésia censurou o país pela retirada do diplomata, que qualificou como uma decisão apressada. Na sexta-feira, a Dinamarca fechou temporariamente sua embaixada no Paquistão. Na Síria, Líbano e Irã os prédios também foram fechados depois das ameaças recebidas pelos funcionários. Ainda nesta terça-feira, o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que as autoridades do país tomaram as providências necessárias para proteger os cartunistas que desenharam as imagens de Maomé. Eles estão escondidos pois receberam várias ameaças de morte. Na semana passada, um clérigo paquistanês ofereceu um milhão de dólares por um deles. Rasmussen disse que lamenta que os muçulmanos tenham se ofendido pelas 12 caricaturas publicadas pelo jornal dinamarquês, mas insistiu que seu governo não pode ser considerado responsável por ações da mídia independente e que cabe aos tribunais resolver a questão. O primeiro-ministro manteve sua decisão de não se encontrar com 11 embaixadores de países muçulmanos para discutir o tema em outubro. Ele escreveu uma carta dizendo aos diplomatas que não tinha poder sobre a imprensa livre da Dinamarca. Críticos argumentaram que a reunião com os embaixadores poderia ter impedido o crescimento da crise para os protestos violentos que deixaram dezenas de mortos em países muçulmanos. Segundo o ministro ainda levará um bom tempo para que a crise termine. "Os desenhos não são mais um problema entre a Dinamarca e os países muçulmanos. São também um problema entre a União Européia e os países muçulmanos", concluiu.

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