
20 de julho de 2012 | 10h20
Orlov disse que Assad, ao aceitar o acordo internacional de transição em junho e então indicar um representante para as negociações, mostra que está preparado para deixar o poder. "Pessoalmente... Eu acho que vai ser difícil para ele ficar no cargo após tudo o que aconteceu", disse o diplomata em entrevista para a rádio France Internationale. Para o embaixador, Assad concordar com o texto final do acordo de transição feito em 30 de junho, em Genebra, na essência significa que "ele aceitou ir embora, mas de maneira civilizada."
A Síria caminha para um caos ainda maior, com os combates na capital Damasco intensificando-se dois dias após o atentado à bomba que matou três das principais lideranças do regime. Os comentários de Orlov acontecem um dia após Moscou ter vetado uma resolução proposta pelos países ocidentais na Organização das Nações Unidas (ONU), que visava pressionar o governo de Assad a encerrar a guerra civil.
A emissora de TV estatal do país rapidamente declarou que a entrevista foi retirada de seu contexto. O porta-voz da embaixada russa, Sergei Parinov, também disse que a declaração do embaixador foi "interpretada incorretamente" pela imprensa internacional. O analista político Fyodor Lukyanov, editor da revista Global Affairs, de Moscou, disse em conversa com a Associated Press que seria "natural" Assad escolher um diplomata russo para levantar a ideia de sua renúncia. As informações são da Associated Press.
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