O Ministério de Assuntos Exteriores de Israel proibiu seus funcionários diplomáticos de manter contato com colegas da Autoridade Nacional Palestina (ANP), informou hoje um porta-voz do órgão. A decisão, disse, o porta-voz Yanoiv Ovadia, acontece em decorrência da proibição do Poder Executivo, a cargo do primeiro ministro interino Ehud Olmert, de manter relações com a ANP e seu novo governo exercido pelo movimento islâmico Hamas. O fato, destacam os comentaristas da imprensa local, representa "um retrocesso aos dias anteriores aos acordos de Oslo" de 1993, quando se reconheceram mutuamente a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e Israel, e concordaram em negociar a paz. Até essa data, os israelenses que mantivessem relações com a OLP, então presidida por Yaser Arafat, se arriscavam a ser condenados à cadeia. Neste caso não se mencionam castigos aos diplomatas, que até agora, e desde aqueles acordos, costumavam celebrar ou participar de reuniões com os representantes palestinos em diversos países. "Isto não significa que os embaixadores e cônsules israelenses boicotarão celebrações ou festejos aos quais também compareçam os diplomatas palestinos", explicou o porta-voz.