Direita pode vencer eleições em Portugal

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Por Agencia Estado
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O oposicionista Partido Social Democrata (PSD) tirou o Partido Socialista do poder no domingo quando os eleitores portugueses se inclinaram para a direita, garantindo aos partidos de centro-direita maioria parlamentar pela primeira vez em sete anos. Os social-democratas venceram as eleições gerais antecipadas tendo como plataforma de campanha um pacote de reformas conservadoras destinado a aquecer a economia com o corte de gastos nos serviços públicos. No entanto, a estreita margem da vitória do PSD, do candidato Jose Durao Barroso, pode levar seus integrantes a terem de negociar os termos de uma coalizão com o direitista Partido Popular, do candidato Eduardo Ferro Rodrigues, para garantir a aprovação das novas leis no Parlamento. Computados os votos de todos os 4.252 distritos eleitorais do país, exceto dois, os social-democartas contavam com 40,12% dos sufrágios, contra 37,85% dos centro-esquerdistas socialistas. O Partido Popular (PP), que se opõe à imigração e ao aborto, teve 8,75% da votação. O PSD obteve 102 cadeiras e o PP garantiu 14 - o que dá à sua coalizão a maioria (50 por cento mais 1) no Parlamento de 230 cadeiras. "Nós perdemos, mas foi uma derrota honrosa", disse o líder socialista Eduardo Ferro Rodrigues. Ele afirmou que lutará contra qualquer tentativa dos social-democratas de cortar benefícios sociais. A guinada de Portugal para a direita ocore em um momento em que existe uma crescente tendência nesse sentido por parte dos países da União Européia depois que partidos conservadores chegaram no ano passado ao poder na Itália e na Dinamarca. A votação estará quase completa na segunda-feira, embora o resultado final das eleições só deva ser divulgado em 27 de março, após a contagem da votação dos portugueses no exterior. Estes votos correspondem a 4 cadeiras no Legislativo de 230 lugares, que normalmente são divididas entre os dois principais partidos envolvidos na disputa eleitoral.

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