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Diretor da CIA anuncia fim da ''rendição extraordinária''

Por Reuters , AP e Washington
Atualização:

Leon Panetta, indicado para diretor da CIA pelo presidente Barack Obama, disse ontem que os EUA não adotarão mais a "rendição extraordinária", prática usada pelo governo do ex-presidente George W. Bush que consiste na transferência de suspeitos de terrorismo para outros países para que eles possam ser torturados longe do território americano. "Rendição, agora, só quando entregarmos o prisioneiro para seu país de origem para que ele possa ser processado segundo a lei local", disse ontem Panetta durante sabatina na Comissão de Inteligência do Senado, que deve confirmar sua nomeação no comando da principal agência de inteligência dos EUA. Em sua edição de ontem, o jornal The Wall Street Journal afirmou que a indicação de Panetta foi mais um reflexo do descuido no processo de seleção da equipe de Obama. Segundo o jornal, o novo diretor da CIA faturou em 2008 mais de US$ 700 mil em palestras e consultorias para bancos e empresas que agora enfrentam problemas financeiros e têm negócios com agências federais de segurança, incluindo o banco Merrill Lynch e o grupo Wachovia. GUANTÁNAMO A juíza militar Susan Crawford retirou ontem as acusações contra o saudita Abd al-Rahim al-Nashiri, detido em Guantánamo acusado de participação no atentado contra o navio americano USS Cole em 2000, no Iêmen, disse à France Presse Geoff Morrel, porta-voz do Pentágono. Ele acrescentou que as acusações podem ser restabelecidas. A decisão atende à ordem de Obama para que todos os processos dos detentos de Guantánamo sejam suspensos. RELIGIÃO Obama anunciou ontem que assinará uma ordem executiva que obrigará os grupos religiosos que recebem dinheiro público a provar que não cometem discriminação religiosa na hora de contratar empregados. A determinação reverte mais uma prática do governo Bush, que financiava grupos religiosos e permitia que eles contratassem funcionários com base em critérios religiosos.A Casa Branca estabelecerá um escritório para tratar especificamente de assuntos religiosos.

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