21 de agosto de 2010 | 00h00
Há pelo menos dois meses, Obama não traça nehuma estratégia interna ou externa sem levar em conta o possível resultado das eleições, que sempre ocorrem no meio do mandato presidencial e funcionam como uma espécie de referendo. Desta vez, o cenário indica alto risco de a Casa Branca perder a confortável maioria democrata no Congresso.
"Neste momento, o presidente quer mostrar ao país que está incentivando o processo de paz e conseguirá essa vitória", explicou David Mark, editor executivo do Politico, principal site de informação e análise de política americana. "O que não está claro é se esse acordo sairá. Muitos presidentes já tentaram. É melhor não festejar."
O tema nunca deixou de ser uma prioridade do Partido Democrata. Os laços de Washington com Israel não são apenas históricos e estratégicos. A comunidade judaica é uma grande doadora para campanhas de muitos candidatos e não há duvidas de que Israel somente terá segurança se fechar um acordo de paz com os palestinos.
Nas últimas semanas, Obama tem se dedicado justamente a levantar fundos para os democratas. Ligar sua imagem à dos presidentes que buscaram a paz, como o também democrata Bill Clinton, em 2000, é uma tarefa com retorno certo.
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