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Dispara risco país da Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

A declaração de moratória da dívida externa provocou hoje uma disparada do risco país da Argentina, num dia de poucos negócios. O indicador, que fechou sexta-feira em 4.722 pontos, estava em 5.084 pontos às 13h. O Argentina 08, um dos títulos mais negociados da dívida do país, recuou 10,21%, depois de cair 34,5% pela manhã. No Brasil, o mercado teve um dia de pouca liquidez. O dólar fechou em baixa de 0,26%, cotado a R$ 2,335. O C-Bond, o principal título da dívida externa brasileira, recuou 0,66%, cotado a 75,50 centavos de dólar. As bolsas não abriram. Quando o mercado retomar os negócios depois de amanhã, será possível ver com um pouco mais de precisão o impacto da moratória argentina sobre o mercado brasileiro, embora a liquidez também não deverá ser das maiores. O consultor Emilio Garofalo Filho, ex-diretor da área externa do BC, entende que o calote não deve ter um efeito importante sobre os preços dos ativos brasileiros, uma vez que era algo amplamente esperado. Ele alerta, no entanto, que o dólar pode ter movimentos mais bruscos nesta semana - de alta ou de baixa - não por causa da Argentina, mas porque os negócios costumam mingar no fim do ano. Há muitos investidores que preferem passar o ano com dólares em carteira, para não correr nenhum risco. "Por isso, os preços podem ter movimentos que não vão indicar necessariamente a reação à moratória da Argentina", afirma ele, um dos maiores especialistas em câmbio do País. E depois de amanhã é o último dia em que o BC vai vender a cota de US$ 50 milhões diários. Num mercado sem liquidez, talvez isso faça alguma diferença. Leia o especial

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