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Disputa por lista de candidatos divide coalizão de Chávez

Presidente acusa partidos da aliança de não o reconhecerem como líder

Por EFE E AFP
Atualização:

A escolha dos candidatos para as eleições de novembro na Venezuela está lançando luz sobre as divisões existentes na Aliança Patriótica, a coalizão de apoio do presidente Hugo Chávez. Ontem, o Partido Comunista da Venezuela (PCV) e o Pátria Para Todos (PPT) reagiram com críticas ao ultimato dado por Chávez no domingo à noite para que eles aceitem até o fim desta semana apoiar os candidatos únicos que serão lançados pela coalizão até o fim desta semana ou abandonem a Aliança Patriótica. "Reconhecemos a liderança de Chávez, mas não do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do qual ele é o líder", disse o secretário-geral do PPT, Rafael Uzcátegui, referindo-se ao partido criado por Chávez para reunir todas as alas do chavismo. O PCV, por seu lado, ratificou ainda ontem sua lista de candidatos próprios. Tanto o PPT quanto o PCV e a Unidade Popular Venezuelana (UPV) recusaram-se a integrar o PSUV logo após sua criação, no ano passado. Agora, os três querem lançar listas próprias para as eleições de governadores e prefeitos. No domingo, Chávez acusou alguns políticos desses partidos de dividirem a coalizão e questionarem sua liderança. "Vou acabar com isso. Se o PPT, o PCV e a UPV, que no total não chegam a 2% (do eleitorado), quiserem ir embora, que me deixem só com o PSUV", disse o líder venezuelano em seu programa dominical Alô, Presidente! "Os dirigentes desses partidos não me reconhecem como líder - é aí que está o problema", completou.

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