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Dissidentes soltos tentam formar frente de oposição

Atualização:

HAVANAAcreditando que é hora de uma nova investida contra o governo de Raúl Castro, dissidentes cubanos estão organizando uma frente ampla de oposição, composta por 12 ex-prisioneiros políticos recém-libertados, que exigiria mais liberdades em Cuba. O grupo tem o objetivo de dar aos opositores uma voz mais poderosa e conquistar o respeito da comunidade internacional."Nunca antes houve um consenso tão sólido em torno da necessidade de mudança. Todos nós (dissidentes) estamos praticamente na mesma linha. Agora, porém, quase ninguém acredita que o governo concordaria (com as propostas da oposição)", disse o líder do movimento, Héctor Palacios Ruiz, ao jornal americano The Miami Herald. Os opositores pretendem reunir os ex-prisioneiros da "Primavera Negra", de 2003, última onda repressiva do governo de Fidel Castro, que se recusaram a deixar Cuba em troca da libertação. No entanto, para Martha Beatriz Roque Cabello, que se juntou ao grupo dos 12 em dezembro, o movimento dissidente cubano "está mais dividido do que nunca".Pessimismo. A oposição cubana reagiu com pessimismo às mudanças econômicas e de limite de mandato anunciados no sábado pelo presidente Raúl Castro. "Se vão continuar governando por mais dez anos continuarão arruinando o país. Mais que um anúncio é uma ameaça. Outra década de castrismo ineficiente seria para arruinar o país ainda mais", disse o veterano ativista Elizardo Sánchez. "Aqui em Cuba não mudou nada e as reformas de Raúl são cosméticas, para ficar no poder o que lhe resta de vida", disse Berta Soler, membro do grupo Damas de Branco. / AFP

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