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Distúrbios anti-Israel no Cairo deixam mil feridos

Pelo menos três manifestantes morreram nos choques com a polícia durante invasão violenta de embaixada israelense; Netanyahu qualifica incidente de 'sério'

Atualização:

CAIROPelo menos três pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas nos distúrbios no Cairo, entre sexta-feira e ontem, quando uma multidão invadiu a sede da embaixada de Israel. O embaixador Yitzhak Levanon, a família dele e os demais integrantes da missão diplomática foram retirados do edifício por um comando de elite do Exército egípcio em meio à turba e levados ao aeroporto do Cairo, onde foram resgatados por um avião israelense. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, qualificou de "incidente sério" a invasão da embaixada no Cairo, ao mesmo tempo em que agradeceu ao presidente dos EUA, Barack Obama, por sua ajuda."O ataque em massa à Embaixada de Israel no Egito é um incidente sério, mas poderia ter sido pior se os agitadores tivessem conseguido atravessar a última barreira e ferir nossa gente", declarou Netanyahu, segundo informa o boletim eletrônico Ynet.Os manifestantes protestam contra a morte, em agosto, de cinco militares egípcios durante a retaliação israelense a um atentado perpetrado por um grupo extremista palestino supostamente ligado ao Hamas no balneário de Eilat - no qual moreram oito pessoas. O Egito e a Jordânia são os dois únicos países árabes que mantêm relações diplomáticas com Israel. Ontem pela manhã, militares egípcios, apoiados por carros de combate, vigiavam o local da embaixada, depois de uma madrugada de choques violentos com os manifestantes. A rua onde se encontra o edifício voltou a ser aberta ao trânsito, apesar de ainda ter sinais da batalha da noite de sexta-feira, quando pneus e carros foram incendiados.Muitos manifestantes dormem em portais dos edifícios vizinhos. Um deles, Ahmad Saber, disse ter voltado ao local porque não aceita a presença israelense. "Queremos acabar com essa relação. Não vamos parar até que se cortem os laços totalmente", assinalou. / EFE e REUTERS

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