
08 de agosto de 2011 | 21h46
Cerca de 100 dos detidos são menores de 21 anos e 35 policiais ficaram feridos. Nesta segunda-feira, os tumultos se espalharam para Birmingham, na Inglaterra central, onde jovens atacaram lojas no centro da cidade, e Liverpool, no norte do país, onde veículos foram incendiados e imóveis foram alvo de depredação.
Os distúrbios levaram o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, a antecipar o fim de suas férias de verão. A assessoria de imprensa do chefe de governo informou que ele havia deixado hoje a Itália, onde passava férias com sua família, para liderar um gabinete de crise formado para lidar com a situação.
Na região de Hacney, no leste de Londres, e em bairros no sul da cidade, automóveis e prédios foram incendiados, enquanto a polícia tentava conter bandos de jovens revoltados. Os tumultos mais sérios nesta segunda-feira aconteceram em Hacney, onde centenas de jovens incendiaram carros e enfrentaram a polícia com rojões, garrafas e pedaços de pau. Também aconteceram tumultos no distrito de Peckham, no sul de Londres, onde um ônibus foi incendiado perto de um prédio também queimado. O ônibus estava vazio. No bairro vizinho de Lewisham, vários automóveis estacionados foram incendiados.
Além de Cameron, a secretária de Segurança Interna da Grã-Bretanha, Theresa May, ministra responsável pela polícia, e o prefeito de Londres, Boris Johnson, interromperam suas férias numa tentativa de lidar com a crise. Apesar do envio de centenas de policiais, a polícia parecia incapaz de controlar totalmente a situação.
Os confrontos começaram no sábado, em meio à revolta da população com a morte de Mark Duggan, um jovem negro de 29 anos, pai de quatro filhos, assassinado na última quinta-feira pela polícia sob circunstâncias obscuras em Tottenham, norte de Londres. As informações são da Associated Press.
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