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Divisão interna do grupo atrasa acordo

Por Gustavo Chacra e JERUSALEM
Atualização:

Autoridades militares e políticas do Hamas enfrentam divergências desde o início do conflito contra Israel sobre qual o melhor rumo a seguir. A discórdia seria um dos motivos da demora da organização em formular uma resposta oficial ao plano de cessar-fogo do Egito, apresentada apenas ontem. "Os que estão em Gaza não querem mais o confronto, pois estão acompanhando o cotidiano dos massacres. Já os membros no exílio, incentivam os combates", disse ao Estado o professor Samir Awad, da Universidade Bir Zeir, na Cisjordânia. O problema é que líderes como Khaled Meshal, que vive em Damasco, fazem discursos pedindo que o Hamas lute até os israelenses concordarem com os termos do grupo. Já os que estão na Faixa de Gaza sabem que a organização não está obtendo resultados nos combates. SOLUÇÃO A proposta egípcia pode ser uma das melhores saídas porque, segundo o intelectual palestino Ali Jarbawi, significaria, pelo menos no longo prazo, o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Em Israel, as divergências sobre a continuidade do conflito também não são poucas, sobretudo entre políticos e militares. A um mês das eleições gerais, candidatos, como o ministro da Defesa, Ehud Barak, e a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, argumentam que uma saída agora já seria vista como uma vitória de Israel. Contudo, o primeiro-ministro, Ehud Olmert, fragilizado por um escândalo de corrupção, defende a continuação da ofensiva contra o Hamas.

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