Mercosul pressionará contra Constituinte de Maduro

Texto a ser assinado amanhã pelos presidentes do bloco fará apelo para que o governo suspenda a convocação de uma eleição para a Assembleia Constituinte e restabeleça a ordem democrática 

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Por Carla Araujo , Mendoza e Argentina
Atualização:

MENDOZA - Os presidentes dos países membros do Mercosul assinarão na sexta-feira, 21, ao final da 50ª Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina, um documento em que reclamarão da situação da Venezuela. O tema foi discutido nesta quinta-feira, 20, em reuniões preparatórias para os encontros dos chefes de Estado. 

O vice-chanceler argentino, Daniel Raimondi, fala sobre a reunião em Mendoza Foto: EFE/Alberto Ortiz

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O texto será submetido amanhã aos presidentes Mauricio Macri (Argentina); Michel Temer (Brasil); Horacio Cartes (Paraguai) e Tabaré Vázquez (Uruguai). A Venezuela está suspensa do Mercosul desde dezembro. 

De acordo com declarações do vice-chanceler argentino, Daniel Raimondi, haverá um apelo para que o governo da Venezuela suspenda a convocação de uma eleição para a Assembleia Constituinte e restabeleça a ordem democrática. 

"Nós estão particularmente preocupados que as autoridades venezuelanas se abstenham ou desistam da eleição marcada para o dia 30 deste mês para formar uma Assembleia Constituinte" disse Raimondi. "O pedido é que a Venezuela abstenha-se de convocar a Constituinte”. 

Segundo o porta-voz do presidente Michel Temer, Alexandre Parola, na cúpula do Mercosul o presidente fará também um monitoramento atento da situação no país. "Em Mendoza, o presidente anunciará as prioridades da presidência brasileira. Enfatizará a importância de concluir-se o acordo sobre compras governamentais; a continuidade da eliminação de barreiras ao comércio entre os sócios; a harmonização de normas técnicas; e o monitoramento atento da situação na Venezuela ".

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