Documentos sobre o massacre de Columbine são liberados

Mais de 20 mil documentos e vídeos foram liberados desde o ataque

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Por Agencia Estado
Atualização:

Autoridades americanas liberaram quase mil páginas de provas sobre o massacre da Escola Secundária de Columbine, incluindo o planejamento passo-a-passo de como os dois assassinos executariam o pior tiroteio em colégio dos Estados Unidos. "Inferno na Terra, meu favorito", escreveu Dylan Klebold no livro anuário de 1998 de Eric Harris, enquanto um soldado decapitado segurava uma arma. "Muitas pessoas precisam morrer." Os documentos, liberados na quinta-feira pelo xerife do condado de Jefferson, incluem provas, trabalhos escolares e arquivos de computador de Harris e Klobold, os dois assassinos suicidas. Os papéis também têm passagens de um diário feito pelo pai de Harris que traz referências aos problemas disciplinares e psicológicos de seu filho, mas não mostra se ele sabia que o jovem poderia ser capaz de fazer o massacre que deixou 13 mortos. Uma introdução desconexa na agenda de Klebold, aparentemente, prevê o dia do massacre, 20 de abril de 1999, começando com o encontro dos dois às 6h00, 10h30 "preparativos", 11h12 "checagem de equipamentos" e 11h16 "hahaha". Em um outro caderno Klebold escreve: "Divirta-se!" Mais de 20 mil documentos e vídeos foram liberados desde o ataque, e alguns dos detalhes exibidos nesta quinta-feira já tinham sido analisados. Parte dos documentos foram censurados, como letras de músicas, nomes e senhas de computador. O xerife Ted Mink também se recusou a liberar vídeos feitos pelos atacantes, com medo de que os atos fossem copiados. Mas algumas das novas provas oferecerem detalhes do frio planejamento feito pelos assassinos nos meses antes dos ataques. Ele tinham uma lista de afazeres, onde cada compra de gasolina ou armamento era assinalado, além de uma lista com 42 tarefas, todas censuradas. "Quando eu, finalmente, começar a matar, tenha isso em mente, existem no máximo cerca de 100 pessoas na escola que eu não quero que morram. O resto precisa morrer!", escreveu Harris em seu diário em outubro de 1998, seis meses antes do ataque. O pai de um dos alvos de Harris, Randy Brown, disse que o escritório do xerife deveria liberar tudo, inclusive os vídeos e áudios feitos pelos assassinos. "São lições que nós precisamos aprender", disse Brown. "Essa informação será secreta para sempre. Estão trocando a vida de crianças em outras escolas pelo sigilo."

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