Dois americanos são acusados de preparar atentados nos EUA

Os homens são acusados de planejar uma "jihad violenta" contra alvos civis e governamentais

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois homens foram acusados nesta quarta-feira de receber treinamento paramilitar no nordeste do estado da Geórgia, nos Estados Unidos e de planejar uma "jihad violenta" contra alvos civis e governamentais, entre estes uma base aérea em Atlanta. A Promotoria acusou os americanos de origem árabe Syed Ahmed, detido em março passado em Atlanta, e Ehsanul Islam Sadequee, preso em abril em Bangladesh, de viajar para Washington para filmar possíveis alvos, entre eles o Capitólio e o Banco Mundial, segundo informações de meios de comunicação locais. A acusação afirma que a motivação dos dois no planejamento dos atentados era a "defesa dos muçulmanos ou retaliação por atos cometidos contra eles". Ahmed, de 21 anos, é acusado de viajar para o Paquistão com o intuito de treinar com o grupo terrorista Lashkar-e-Tayyaba. O grupo é ativo na Índia há vários anos e é acusado pelo governo de ter sido responsável pelos atentados contra o sistema de trens em Mumbai, na semana passada. Em abril deste ano, Ahmed se declarou inocente de fornecer material a terroristas. Sadequee, de 19 anos, foi acusado de mentir em depoimento a agentes do FBI. Segundo fontes judiciais, Sadequee teria mentido quando foi interrogado sobre o propósito de sua viagem a Bangladesh. Ambos viajaram em março do ano passado de Atlanta para o Canadá, onde se reuniram com três homens que eram alvo de uma investigação terrorista, conforme um documento do FBI apresentado às autoridades federais. Nessas reuniões, foram analisados pontos estratégicos nos EUA que poderiam ser alvo de ataques terrorista, incluindo refinarias de petróleo e bases militares. As autoridades não informaram sobre a possível ligação entre os dois acusados e outras 17 pessoas presas no Canadá sob acusações de terrorismo no dia 2 de junho. Sete dos suspeitos presos no Canadá são acusados de tentar comprar material utilizado pra fabricação de explosivos. O FBI se recusou a comentar sobre a ligação afirmando, no entanto, que os dois homens presos e os detidos no Canadá podem ter tido contato limitado.

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