Dois ônibus pegam fogo em Roma e voltam atenções para o sistema de transporte público da capital

Veículos foram esvaziados antes dos incêndios; empresa responsável pelo transporte tem 36% de seus ônibus estacionados

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ROMA - Um ônibus pegou fogo e explodiu na área central de Roma nesta terça-feira, 8, enquanto outro foi destruído pelas chamas nos subúrbios da cidade, retratando o estado do transporte público na capital italiana. Os dois casos, supostamente causados por problema mecânicos, aumentaram para 10 o número de ônibus destruídos pelo fogo na cidade em 2018. No ano passado, foram cerca de 20 veículos queimados, todos operados pela empresa de transporte local Atac.

Bombeiros jogam água em ônibus na região central de Roma. O veículo explodiu após aparentes problemas mecânicos. Foto: Claudio Peri/ANSA via AP

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Os motoristas de ambos os carros conseguiram fugir com seus passageiros, mas uma mulher que trabalhava num local próximo ao da explosão teve queimaduras leves. O veículo, de número 63, parou perto da Fonte de Trevi, uma atração turística, antes de ser tomado pelo fogo. Vídeos registraram as chamas crescendo e as fachadas dos prédios próximos sendo tomadas pela fuligem. Menos de quatro horas depois, o segundo veículo pegou fogo. Era um ônibus escolar.

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Políticos da cidade imediatamente culparam a prefeitura Virginia Raggi e seu partido, o Movimento 5 Estrelas, pelos incêndios, e afirmaram que ela e seu grupo são incapazes de governar Roma. "Os romanos se arriscam a se machucar todos os dias com essa administração", disse Barbara Saltamartini, membro do partido de extrema direita Liga. "Essas imagens estão sendo vistas em todo o mundo e são imagens de um sistema de transporte que está atolado em dívidas e é arrastado pela má gestão", acrescentou.

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No ano passado um ex-chefe da Atac disse que a empresa tinha € 1,3 bilhão em dívidas e deveria declarar falência. De acordo com relatório interno da Atac, 36% de todos os seus ônibus estão em garagens porque quebraram ou estão sob manutenção. Além desses, 50% da frota de bondes também está parada. / REUTERS

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