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Drone de Israel mata jihadistas dentro do Egito

Operação com avião não tripulado teria objetivo de impedir ataque contra território israelense

Atualização:

Um bombardeio de avião não tripulado israelense dentro do Egito matou nesta sexta-feira, 9, cinco militantes islâmicos e destruiu um lançador de foguetes ao sul de Rafah, próximo à fronteira entre a palestina Faixa de Gaza e a egípcia Península do Sinai, informaram funcionários do governo do país árabe. Extremamente rara, a operação de Israel teria como objetivo impedir um ataque de jihadistas contra seu território.

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A ação israelense contou com a colaboração do governo interino do Egito, o que pode significar um novo nível de cooperação entre antigos inimigos sobre a segurança no Sinai, que tem piorado desde a deposição do islamista Mohamed Morsi da presidência.

Oficialmente, os militares egípcios negaram que um drone de Israel tenha praticado o ataque e uma porta-voz do Exército israelense negou-se a comentar o incidente. Os dois países já cooperaram anteriormente no combate a militantes islâmicos no Sinai.

Em um comunicado, o coronel egípcio Ahmed Mohamed Ali, que atua como porta-voz militar, confirmou que houve duas explosões na tarde desta sexta-feira em Al-Agra e as forças de segurança de seu país estavam investigando o caso.

A agência de notícias estatal Mena afirmou que o ataque destruiu um lançador de foguetes que seria usado para atacar Israel e deixou ao menos cinco jihadistas mortos.

Dois funcionários do governo egípcio relataram à Associated Press que um avião não tripulado foi visto sobrevoando o local do bombardeio desde a manhã desta sexta-feira. Fontes das forças de segurança egípcias, que confirmaram que o ataque havia sido praticado por Israel, afirmaram à Reuters que mísseis foram disparados.

Dezenas de milhares de partidários do presidente egípcio deposto em 3 de julho – o primeiro eleito pelo voto popular na história do país – tomaram as ruas do Cairo e de outras cidades egípcias novamente nesta sexta-feira exigindo a restituição do líder islamista ao cargo. Manifestantes e forças de segurança voltaram a se enfrentar e dezenas de pessoas ficaram feridas.

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Repressão. As marchas, ocorridas durante a celebração islâmica do Eid al-Fitr – que marca o fim do mês sagrado do Ramadã –, desafiaram o governo interino, que tem ameaçado acabar, após a festa religiosa, com dois grandes acampamentos que concentram membros e simpatizantes da Irmandade Muçulmana, entidade islâmica integrada por Morsi, que lhe serviu de base eleitoral.

"Soldado, seu lugar não é na política", gritava Ahmed Aref, dirigente da Irmandade, no protesto ocorrido no entorno da mesquita Rabaa al-Adawiya, no Cairo. / REUTERS e AP

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