Duas mortes por ano em plataformas na Gra-Bretanha

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Por Agencia Estado
Atualização:

O departamento do governo britânico responsável pela segurança dos trabalhadores em atividades de exploração de gás e petróleo na costa do país, Health & Safety Executive (HSE), informou hoje que a média de acidentes fatais nos últimos quatro anos é de duas mortes por ano. O último acidente fatal ocorreu em fevereiro passado, numa plataforma no Mar do Norte, quando um trabalhador caiu no mar. Em 1991, 13 pessoas morreram, onze delas num acidente com um helicóptero. Segundo o HSE, cerca de 19 000 pessoas trabalham no setor. Foram registrados no ano passado 144 acidentes, sendo que 52 foram considerados graves. Os acidentes mais comuns são aqueles envolvendo o manejo de equipamentos. O porta-voz da HSE, Mark Wheller, disse à Agência Estado que a guarda-costeira marinha do país é a principal responsável pelo primeiro socorro às vítimas dos acidentes e ao combate a incêndios, com o uso de suas embarcações e helicópteros. Mas as empresas possuem também uma frota de embarcações que permanece na área das plataformas e perfurações para atender casos de emergência. Muitas plataformas contam também com equipes de paramédicos. Os funcionários das plataformas no Mar do Norte, em geral, cumprem turnos de quatorze dias de trabalho e 14 dias de folga, alternados. Mais recentemente, no entanto, várias empresas que operam na região passaram a implementar turnos alternados de 21 dias. "Isso porque estudos mostraram que o transporte dos trabalhadores por helicóptero aumenta o risco de acidentes e por isso as empresas estão tentando tornar o uso do helicóptero menos freqüentes", disse Wheller. Ele disse que um fator de grande preocupação para a HSE é o elevado número de vazamentos de gás registrado nas operações offshore na Grã-Bretanha, que podem causar explosões e acidentes gravíssimos. "Estamos tentando diminuir esse tipo de ocorrência com uma forte fiscalização." No final do ano passado, por exemplo, uma empresa foi multada em cerca de R$ 1 milhão por um vazamento. "Não houve explosão nem feridos, felizmente, mas apenas o fato de os funcionários terem sido expostos a uma situação de risco justificou a multa aplicada à empresa." A HSE inspeciona também as consequências de eventuais cortes de pessoal nas operações offshore. "Se constatarmos que houve uma redução de pessoal que coloque em risco a segurança, a empresa pode ser multada ou a plataforma em questão pode ser interditada."

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