Duas reféns sul-coreanas devem ser soltas hoje

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Por AP , Reuters e Ghazni
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O governador da província de Ghazni, Marajudin Pathan, confirmou ontem que o Taleban libertará duas reféns sul-coreanas hoje. "O Taleban soltará duas reféns que estão doentes como um gesto de boa-fé. Elas devem chegar a Ghazni amanhã (hoje)", afirmou Pathan. "O Taleban prometeu a libertação, mas não mencionou a hora exata do dia em que isso acontecerá." A informação foi confirmada por Qari Yousuf Ahmadi, porta-voz do grupo radical islâmico. "O conselho central do Taleban decidiu libertar as duas reféns", disse. "Elas estão doentes e esperamos que a libertação das duas tenha um efeito positivo na negociação de nossos prisioneiros." O Taleban capturou 23 missionários de uma igreja evangélica sul-coreana - incluindo 18 mulheres - no dia 20. O seqüestro ocorreu na província afegã de Ghazni, quando o grupo viajava de ônibus da capital, Cabul, para a cidade de Kandahar, no sul do país. Em troca dos reféns, o grupo rebelde exige a libertação de 21 militantes do Taleban detidos em prisões afegãs. O governo do Afeganistão recusou-se a ceder às exigências do grupo, alegando que assim estaria encorajando mais seqüestros. O líder dos missionários, Bae Hyung-kyu, de 42 anos, foi morto com dez tiros na cabeça, costas e estômago. No final de julho, o corpo de um segundo refém morto, Shim Sung-min, foi encontrado com um tiro na cabeça em Arzoo, a 80 quilômetros do local onde ocorreu o seqüestro. As negociações diretas entre representantes sul-coreanos e da milícia tiveram início na sexta-feira na Cruz Vermelha afegã. RESTRIÇÕES À IMPRENSA O governo afegão proibiu ontem jornalistas e fotógrafos de tirarem fotos e fazerem entrevistas perto do escritório da Cruz Vermelha onde as negociações para a libertação dos reféns estão sendo conduzidas. Segundo o governador Marajudin Pathan, a proibição foi feita porque o Taleban pode explorar a atenção da mídia. "Não queremos dar a oportunidade para o Taleban fazer divulgação. Eles são um grupo terrorista", afirmou.

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