Duplo atentado com carros-bomba mata 13 em Ramadi

Casos foram registrados enquanto governo se prepara para anunciar novos medidas de segurança que serão tomadas durante o Ramadã, o mês sagrado islâmico

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 13 pessoas morreram e 26 ficaram feridas nesta segunda-feira num duplo atentado suicida com carros-bomba contra uma delegacia de polícia em Ramadi, a nordeste de Bagdá, no momento em que líderes tribais da cidade anunciaram que iriam se unir para combater os insurgentes. Dois dos mortos e 18 dos feridos são policiais, segundo o Ministério do Interior iraquiano. Em Baquba, 55 km a nordeste da capital, três soldados iraquianos foram mortos num ataque a bomba contra sua patrulha. Na cidade sulista de Basra, a polícia encontrou o corpo do tenente-coronel Fawzi Abdul al-Mousawi, chefe do departamento antiterrorista da cidade. Ele havia sido retirado de sua casa na noite de domingo por um grupo de homens armados em dois carros. Ele foi algemado e recebeu sete tiros. Os casos foram registrados enquanto o governo se prepara para anunciar novos medidas de segurança que serão tomadas durante o Ramadã, o mês sagrado islâmico que deve começar no dia 24 de setembro, quando a violência tende a se intensificar em todo o Iraque. Enquanto isso, líderes tribais da província de Anbar, uma das mais conturbadas do Iraque, se uniram para combater a insurgência na região, e pediram ao governo e aos militares dos Estados Unidos para fornecerem a eles armas e munição. Os líderes tribais e clérigos em Ramadi, a capital da província, estabeleceram uma força de 20.000 homens "prontos para expurgar a cidade dos infiéis", anunciou o xeque Fassal al-Guood, referindo-se aos insurgentes. "As pessoas estão cheias dos atos desses criminosos que usam o Islã como cobertura para seus crimes", disse. "A situação na província é insustentável, a cidade está abandonada, a maioria das famílias fugiu da cidade e todos os serviços são precários". Al-Guood afirmou que 15 das 18 tribos de Ramadi "prometeram se unir para combater aqueles que estão matando sunitas e xiitas".

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