
22 de agosto de 2012 | 11h05
SIDNEY - É improvável que o fundador e ex-editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange, seja extraditado da Suécia para os Estados Unidos caso exista risco de pena de morte ou tribunal militar, disse nesta quarta-feira, 22, o ministro de Relações Exteriores da Austrália, Bob Carr. Assange é australiano.
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O ministro afirmou que o país não pode se envolver em casos fora de sua jurisdição, mas que "os suecos disseram que não extraditam ninguém caso exista uma ofensa capital ou se é uma questão militar ou de inteligência". "Não é um assunto para a diplomacia australiana, mas um assunto para apoio consular", afirmou Carr.
Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres, pois o Reino Unido quer extraditá-lo para a Suécia, onde responderá por acusações de estupro. Ele nega as alegações e teme que, uma vez na Suécia, possa ser mandado para os Estados Unidos, onde pode enfrentar processo por espionagem devido a divulgação de documentos secretos pelo WikiLeaks.
Estocolmo não recebeu pedido de extradição de Washington e a lei sueca e a convenção de direitos humanas europeia proíbem o envio de alguém que possa ser condenado à morte. "Nós temos buscado garantias da Suécia de que o procedimento correto será seguido", disse o ministro para o jornal Australian Financial Review.
As informações são da Dow Jones.
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