03 de dezembro de 2009 | 17h21
"A coisa melhor e mais barata para todos nós é contarmos com as negociações e termos paciência, muita paciência", disse Lula após uma reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, cujo país está entre os que lideram os esforços para remover as preocupações sobre as ambições nucleares do Irã.
"Na minha opinião, não é apropriado tratar o Irã como se fosse um país insignificante e fortalecer a pressão sobre o Irã todos os dias", disse Lula. Ele acrescentou que é necessário um esforço para "afastar a desconfiança mútua".
O Irã, que nega qualquer interesse em desenvolver armas nucleares, enfrenta a perspectiva de novas sanções das Nações Unidas por desafiar os pedidos para interromper seu enriquecimento de urânio. Ahmadinejad disse ontem que seu país irá enriquecer urânio a um nível bem mais alto e especialistas alertam que isso poderá colocar Teerã na rota para produzir o material necessário para armar uma ogiva em meses.
Merkel reconheceu que existem "pequenas diferenças de abordagem" com o Brasil, mas afirmou que ela e Lula têm o mesmo objetivo fundamental de garantir a "transparência absoluta" da parte do Irã. Ela reiterou que, se o Irã não responder aos incentivos, "e nossa paciência já foi testada, então novas sanções precisam ser consideradas".
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