Ecologistas argentinos suspendem bloqueio em acesso ao Uruguai após 3 anos

Ativistas protestam contra a instalação de uma fábrica de celulose na fronteira com a Argentina

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Por Efe
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BUENOS AIRES - Depois de mais de três anos, ecologistas argentinos decidem na quarta-feira suspender por 60 dias o bloqueio em um acesso ao Uruguai, pressionados pela decisão do governo de Cristina Fernández de levá-los à justiça pelo protesto iniciado em repúdio a uma fábrica de celulose de capital finlandês. Em reunião, a Assembleia Ambiental da cidade argentina de Gualeguaychú decidiu abrir a partir do próximo sábado a passagem à uruguaia Fray Bentos, onde fica a fábrica da UPM (ex-Botnia), à espera do avanço das negociações entre os Governos de Argentina e Uruguai para o controle conjunto da planta. A iniciativa de suspender por 60 dias o bloqueio, em uma das três passagens da Argentina ao Uruguai, ganhou por uma maioria de 402 votos contra 315 que se opõem a liberar o acesso. Os ativistas aprovaram a decisão de "negociar com o Governo" em uma extensa assembleia, de clima áspero, dias depois que o Executivo de Cristina Fernández processasse penalmente participantes da assembleia pelo bloqueio em protesto pela fábrica, cuja instalação causou o pior conflito em décadas entre Argentina e Uruguai. Vários ecologistas consideraram que o bloqueio devia ser liberado "para que o governo argentino não diga que o corte é um obstáculo para a monitoração conjunta da planta", explicaram fontes da assembleia.

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