29 de maio de 2011 | 00h00
"O golpe representou um freio brusco em um processo de desenvolvimento - tímido, mas real - que vinha ocorrendo até 2009", afirma o brasileiro Sérgio Guimarães, chefe do Unicef em Honduras à época que estourou a crise. "A economia sofreu muito, a pobreza aumentou e os serviços básicos até agora não voltaram à normalidade." Mais de 60% dos hondurenhos vivem com menos de US$ 1 por dia.
Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), no ano do golpe - 2009 - registrou-se uma recessão de 1,9%, comparado a um crescimento de 4% no ano anterior. Em 2010, a taxa de crescimento chegou a 2,5%.
O temor de um colapso fizeram o FMI acertar com Honduras, em setembro, um pacote de ajuda de mais de US$200 milhões, além da adoção de reformas estruturais. Ampliou-se a taxação sobre a renda e foi adotado um imposto único, de 10%, sobre serviços.
Na sexta-feira, o FMI disse que Tegucigalpa cumpriu "com folga" as metas que colocadas para o primeiro trimestre de 2011. A previsão dos economistas é que Honduras cresça cerca de 3,5% este ano.
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