Editor de revista jordaniana que publicou charges de Maomé é preso

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O promotor-geral jordaniano, Sabr Rawashdeh, ordenou hoje a prisão de Jihad Momani, editor-chefe da revista Shihan, que na última quinta-feira publicou três das charges de Maomé consideradas ofensivas pelos muçulmanos. "Ele ordenou a detenção de Momani durante 14 dias, para ser interrogado", explicou uma fonte judicial. Momani é acusado de "ofender a religião", o que pode condená-lo a uma pena máxima de três anos de prisão, acrescentou a fonte. O editor foi demitido do cargo pela empresa proprietária da revista poucas horas depois da divulgação das charges do profeta. Além disso, as autoridades pensam em processar a revista de humor Al Mehwar, que também divulgou as caricaturas. Uma onda de protestos vem assolando o mundo muçulmano após a publicação, em vários jornais europeus, de charges de Maomé, cuja representação está proibida no Islã, já que pode levar à idolatria. As 12 caricaturas de Maomé foram publicadas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten em 30 de setembro e reproduzidas pelo norueguês Magazinet no último dia dez. Desde então, vários meios de comunicação europeus exibiram as charges em solidariedade ao jornal dinamarquês. Em um dos desenhos, Maomé aparece usando um turbante em forma de bomba com um pavio aceso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.