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Eduardo Bolsonaro elogia Congresso de El Salvador que destituiu Supremo Tribunal de Justiça

Para filho do presidente, juízes que "querem ditar políticas que saiam às ruas para se elegerem'

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, elogiou a decisão do Congresso de El Salvador de destituir vários magistrados do Supremo Tribunal e o procurador-geral.

"PR (presidente) de El Salvador @nayibbukele tem a maioria dos parlamentares em seu apoio. Agora, o Congresso destituiu todos os ministros da Suprema Corte por interferirem no Executivo, tudo constitucional", escreveu o filho do presidente em mensagem postada no Twitter na noite de domingo.

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“Os juízes julgam os casos, se querem ditar políticas que saiam às ruas para se elegerem”, acrescentou.

No sábado, 1.º,  o Congresso de El Salvador, de maioria governista,  destituiu os magistrados titulares e suplentes do Supremo Tribunal de Justiça (CSJ) por supostamente cometerem "fraude à Constituição" e exercerem funções de Executivo em suas decisões sobre a resposta à pandemia. 

A decisão - a primeira da nova legislatura, que assumiu o cargo no sábado - foi duramente questionada por organizações que defendem os direitos humanos, que dizem que a medida é inconstitucional e ameaça o Estado de Direito.

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Foto: Nilton Fukuda/ Estadão

Em nota, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), se manifestou sobre a destituição. "A independência e o respeito aos poderes constituídos são parte fundamental da democracia. O mundo só irá vencer o desafio da pandemia com mais diálogo e cooperação, seja entre as nações, seja entre os poderes constituintes", escreveu. "Esperamos que El Salvador retome sua tradição no reconhecimento da independência entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário".

Bolsonaro e seus apoiadores questionam decisões do Supremo Tribunal Federal (STF),  acusado pela governo de interferir politicamente no Executivo.

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 O Senado brasileiro criou a semana uma comissão para apurar supostas “omissões” do governo na resposta à pandemia, que já matou mais de 400 mil mortos.  / EFE

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