Egípcia nega ligações com terrorismo internacional

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Por Agencia Estado
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A egípcia Sarrah Mohamed Hassam Abud Hamanra, de 28 anos, disse nesta terça-feira, ao jornal Folha do Paraná, ter ficado assustada, quando viu seu nome estampado em jornais como suspeita de ligação com grupos extremistas árabes na América Latina. Ela mora em Foz do Iguaçu com três filhos, de seis, cinco e três anos. "Não entendo o que está acontecendo", disse Sarrah. "Além de passar por dificuldades ainda tenho medo de sair de casa." Ela é casada desde 1993 com o egípcio Al Said Hassan Hussein Mokhles, preso no início de 99, no Uruguai, sob acusação de ter tomado parte num atentado que matou 62 pessoas no Egito dois anos antes. "Além da documentação ilegal, não há qualquer prova de envolvimento entre ele e o terrorismo", afirmou Sarrah ao jornal paranaense. Segundo ela, a família estava tentando mudar-se para qualquer país do Reino Unido. Na época, ela também foi detida pela polícia uruguaia. Ao ser libertada, foi amparada pelo prefeito de Chuí (RS), Mohamad Kasem Jomma, acusado de ter ligações com o terrorista Osama bin Laden. O prefeito hospedou-a em sua casa por duas semanas, até ela conseguir retornar a Foz do Iguaçu. "Ele fez o que qualquer um faria ao ver uma mulher abandonada com suas crianças", afirmou. Na entrevista que concedeu ao jornal, acompanhada de membros da comunidade muçulmana local, Sarrah disse ter telefonado para a Polícia Federal, informando o local onde mora, depois de ver seu nome nos jornais. "Cheguei a me vestir para esperar os agentes", disse. "Mas eles disseram para eu ficar tranqüila porque não havia nada contra mim." Ela afirmou que tem nacionalidade brasileira e que todos os filhos nasceram em Foz do Iguaçu.

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