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Egípcio acusado de terrorismo aguarda decisão sobre extradição

Por Agencia Estado
Atualização:

O egípicio Mohamed Ali Aboul-Ezz Al-Mahdi Ibrahin Soliman, acusado de ser terrorista em seu país, chegou nesta terça-feira a Brasília, onde aguardará, na sede da superintendência da Polícia Federal, sua provável extradição. Dificilmente Soliman não irá para o Egito para ser julgado por suposto envolvimento em um atentado ocorrido em Luxor, em 1994, onde morreram 61 pessoas. Apesar de ser casado com uma brasileira e ter um filho nascido no País, Soliman deve mesmo ser extraditado para o Egito. Isso só não acontecerá se seus advogados provarem que ele corre risco de vida ou é perseguido político, duas teses dificilmente aceitas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que apreciarão o pedido de extradição feito pelas autoridades egípicias. Segundo fontes da PF, Soliman só teve seu pedido de prisão preventiva para fins de extradição deferido no dia 2 de abril pelo STF, mas desde o ano passado, principalmente após o atentado do dia 11 de setembro ao World Trade Center, em Nova York, seus caminhos começaram a ser monitorados. Ele sempre morou em Foz do Iguaçu, na Tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Usa pelo menos mais seis nomes, uma das dificuldades encontradas pela polícia para identificá-lo, e foi preso nesta segunda-feira quando saía de casa, próxima à Ponte da Amizade, que une Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Fontes da PF confirmaram que, concretamente, seria o único terrorista que estaria em território brasileiro e teria ligações com outro integrante de grupos extremistas que foi preso ano ano passado em Chuí, no Rio Grande do Sul. A chegada de Soliman a Brasília foi precedida de forte esquema de segurança armado pela PF.

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