Egípcio que se negou a proteger embaixada de Israel é preso

Parte da imprensa local sugere que a recusa do réu em proteger a embaixada no Cairo está mais ligada a questões econômicas que a convicções políticas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um suboficial da polícia do Egito foi condenado, por um tribunal militar, a seis meses de prisão, por se negar a fazer a segurança da embaixada de Israel no Cairo. O tribunal sentenciou Mohammed Khalaf Hassan Ibrahim, de 38 anos, por ter cometido "uma indisciplina no exercício de seus deveres de militar". Ibrahim, que permanece detido em uma instalação militar desde o mês passado, se declarou em greve de fome, em protesto contra o fato de seu caso ter sido enviado a uma corte marcial. A legislação militar castiga com penas de entre um dia a três anos de prisão os policiais e militares que se negam a cumprir ordens. Parte da imprensa local, no entanto, sugere que a recusa de Ibrahim em proteger a embaixada se deve mais a motivos econômicos e familiares do que políticos. Segundo esses meios de comunicação, o agente policial tinha pedido, várias vezes, sua transferência para a cidade portuária de Alexandria, para ficar junto de sua família e economizar as despesas de aluguel da casa onde vivia.

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