Egípcio Shafiq diz que vitória de rival levaria a 'era negra'

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Por Yasmine Saleh e Edmund Blair

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CAIRO, 3 Jun (Reuters)- O candidato à presidência do Egito Ahmed Shafiq intensivou seus ataques sobre seu rival da Irmandade Muçulmana, dizendo neste domingo que a vitória do islâmico levaria o Egito a uma "era negra" e ameaçaria os direitos de mulheres, cristãos e outros.

Os comentários do último primeiro-ministro do ex-presidente Hosni Mubarak, seu primeiro pronunciamento em público em mais de uma semana, refletiram quão divisiva a disputa se tornou desde que o ex-comandante da força aérea emergiu bem-sucedido da votação de primeiro turno, para competir apenas com Mohamed Mursi.

Para a massa de egípcios que votaram em candidatos centristas no primeiro turno do mês passado, o resultado não poderia ser pior. Muitos deles hesitam tanto em eleger um conservador islâmico quanto em ceder o poder a um homem que, assim como Mubarak, tem um passado militar. Mubarak foi condenado a prisão perpétua no sábado.

A votação ocorrerá em 16 e 17 de junho. O caminho para as eleições foi marcado por violência, em que vários dos escritórios de campanha de Shafiq foram atacados, e muitos manifestantes foram às ruas para protestar contra ambos os candidatos.

"Eu represento um Estado civil, e a Irmandade representa um Estado sectariano da própria Irmandade. Eu represento um passo adiante, e eles representam um passo para trás", disse Shafiq.

Os pronunciamentos de domingo pareceram fazer uso, principalmente, dos medos de liberais, cristãos (que equivalem a um décimo da população egípcia, de 82 milhões de pessoas) e mulheres. "Mulheres do Egito, eu não permitirei que os poderes do extremismo levem-nas de volta à era negra", disse.

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