Egito: 11 turistas capturados

Chanceler diz que eles foram soltos, mas porta-voz nega

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Por AP E REUTERS
Atualização:

Um grupo armado seqüestrou no Egito 19 pessoas, incluindo 11 turistas estrangeiros, que faziam safári no Deserto do Saara, perto da fronteira com a Líbia e o Sudão. O seqüestro teria ocorrido na sexta-feira, mas só foi divulgado ontem. À noite, o governo egípcio fez declarações conflitantes sobre a situação dos reféns. O ministro do Exterior, Ahmed Abul Gheit, disse que todos reféns haviam sido libertados. "Eles foram levados por um grupo de gângsteres, mas agora estão bem", disse Gheit, que estava em Nova York para participar da reunião da Assembléia-Geral das Nações Unidas . Em seguida, Hossam Zaki, porta-voz de Gheit, disse que o chanceler estava se referindo a "informações não confirmadas" e afirmou que os reféns não haviam sido soltos. A informação de Zaki foi confirmada pelo porta-voz do governo, Magdy Radi: "É prematuro falar em resgate. As negociações ainda estão em andamento." O governo não confirmou se estava negociando o pagamento de um resgate, mas funcionários das forças de segurança disseram - sob condição de anonimato - que os seqüestradores pediram 6 milhões (US$ 8,8 milhões). Entre os turistas havia cinco italianos, cinco alemães e um romeno, que estavam acompanhados por motoristas e guias egípcios. Segundo Zoheir Garrana, ministro do Turismo, os reféns foram levados para fora do Egito, provavelmente para o Sudão. Ele disse ainda que investigações indicam que seqüestradores eram bandidos sudaneses comuns, sem ligação com extremistas islâmicos. A agência de notícias estatal egípcia Mena informou que os turistas passaram a noite de quinta-feira em um hotel no Oásis de Dakhla, a oeste do Vale do Nilo. Na sexta-feira, eles embarcaram para um passeio pela reserva nacional de Gilf al-Kebir, onde teriam sido seqüestrados. Nos últimos anos, houve poucos ataques contra turistas no Egito. No entanto, Gilf al-Kebir vem se tornando nos últimos meses uma região perigosa para estrangeiros, segundo a rede britânica BBC. Em fevereiro, ladrões ameaçaram turistas com bombas e roubaram três veículos do grupo que visitava a reserva.

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