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Egito adverte contra violência

Chanceler faz censura velada a Hamas, após confrontos na fronteira deixarem 38 egípcios feridos

Por AP , EFE , AFP e REUTERS
Atualização:

O chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, alertou ontem contra "provocações" na fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, cuja destruição por militantes na quarta-feira está permitindo a entrada desenfreada de milhares de palestinos no país. Em uma advertência velada ao grupo islâmico Hamas, Gheit afirmou que o Egito manterá a moderação em relação aos palestinos, mas não ao custo de vidas egípcias. Gheit afirmou que 38 funcionários de segurança egípcios foram hospitalizados, alguns em estado crítico, depois de confrontos na região. O chanceler também disse que o governo proporá conversar separadamente com o Hamas e com o seu rival, o partido laico Fatah, para regular a entrada e a saída de palestinos, que estão invadindo diariamente o Egito em busca de suprimentos em falta no território palestino. Antes de receber o convite oficial, o membro do Hamas Sami Abu Zuhri afirmou que o grupo quer negociar diretamente com o Cairo uma coordenação conjunta do posto de fronteira de Rafah. A proposta foi um desafio ao presidente palestino, Mahmud Abbas, que, em encontro hoje com o premiê israelense, Ehud Olmert, pedirá que o controle israelense sobre os postos de fronteira de Faza seja transferido para a Autoridade Palestina. Com a medida, ele espera reduzir a pressão sobre o território, que ficou sem suprimentos desde que Israel fechou os postos no dia 17. A liderança de Abbas se limita à Cisjordânia desde junho, quando o Fatah foi expulsa da Faixa de Gaza após violentos confrontos com o Hamas. Ontem os palestinos, que no início se dirigiam principalmente a pé ou em carroças ao país, transitaram pela região com centenas de carros de passeio e caminhões para comprar combustível e alimentos. O tráfego fluía em ambos os sentidos, e muitos automóveis do Egito também entraram em Gaza. Um deles levava mercadorias avaliadas em US$ 65 mil para um supermercado local FALECIMENTO Ontem morreu em Amã, na Jordânia, George Habash, fundador da Frente Popular de Libertação da Palestina. Habash teve um ataque cardíaco.

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