16 de junho de 2012 | 12h38
Mais de 50 milhões de eleitores foram convocados a escolher entre o ex-primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, para suceder o presidente Hosni Mubarak, que foi deposto por um levante popular no ano passado.
O resultado oficial deve ser divulgado na próxima quinta-feira (dia 21). O segundo turno das eleições presidenciais ocorre em uma atmosfera de suspeita, resignação e preocupação. A votação pode culminar na implementação do antigo regime ou trazer o islã ao governo.
A disputa entre Shafiq, oficial de carreira da força aérea como Mubarak, e Mursi, um engenheiro treinado pelos Estados Unidos, divide profundamente o país 16 meses depois que uma revolta popular derrubou um governante que estava no poder há 19 ano.
Os egípcios foram às urnas várias vezes desde a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011 - a começar por um referendo no começo de 2011, múltiplas rodadas de eleições parlamentares iniciadas em novembro e o primeiro turno da corrida presidencial no mês passado.
"As pessoas estão deprimidas, ninguém está feliz depois que voltamos à estaca zero", disse o advogado Abu Bakr Said, referindo-se à decisão judicial que acabou com o único órgão eleito no país. "Não temos confiança agora em qualquer eleição e eu sei que uma segunda revolução está chegando", afirmou ele, enquanto aguardava na fila do lado de fora de um posto de votação no Cairo. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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