Egito condena à morte 183 partidários da Irmandade Muçulmana

Pessoas foram acusadas de participar da morte de policiais em 2013, durante revolta após a deposição de Morsi

PUBLICIDADE

Atualização:
Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi Foto: Mohammed Samaha / AP

CAIRO - Um tribunal do Egito condenou à morte nesta segunda-feira, 2, 183 partidários da Irmandade Muçulmana, organização proibida de atuar no país, acusados de matar policiais, em mais uma passo da repressão das autoridades aos islâmicos.

PUBLICIDADE

Os homens foram condenados por seu papel no assassinato de 16 policiais na cidade de Kardasa em agosto de 2013, durante a revolta que se seguiu à deposição do presidente islâmico Mohamed Morsi. Trinta foram sentenciados sem estar presentes.

O Egito montou uma das maiores operações de repressão de sua história moderna contra a Irmandade desde a queda de Morsi, primeiro presidente da nação eleito democraticamente.

Os suspeitos julgados nesta segunda-feira foram presos por atacar uma delegacia de polícia na vila de Kirdasah, perto do Cairo. O ataque aconteceu depois de forças de segurança terem atuado contra dois acampamentos de protesto pró-Morsi em agosto de 2013, matando centenas de pessoas.

Milhares de partidários da Irmandade Muçulmana foram presos e submetidos a julgamentos em massa durante a campanha repressiva, que grupos de direitos humanos dizem mostrar que o governo está reprimindo sistematicamente seus opositores.

O veredicto desta segunda foi divulgado após o final de mais um dos vários julgamentos em massa que atraíram críticas internacionais em razão das duras sentenças dadas. Muitas das sentenças de morte foram revogadas após apelações. Num dos casos, o juiz foi retirado do caso.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, ex-chefe do Exército que depôs Morsi, descreve a Irmandade como uma grande ameaça de segurança. O movimento diz estar comprometido com o ativismo pacífico. /AP e REUTERS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.