10 de maio de 2011 | 12h12
Segundo a investigação, Garranah deu ordem para a venda de 305 milhões de metros quadrados - parte dessa região rica em petróleo - para os empresários Hisham al-Hazeq e Hussein Segwani, por US$ 1 por metro quadrado, para projetos de turismo. Ele foi detido em 17 de fevereiro, menos de uma semana após um levante popular provocar a queda de Mubarak e de as Forças Armadas tomarem o poder. O julgamento das autoridades corruptas, incluindo Mubarak, era uma importante demanda dos manifestantes.
Um tribunal sentenciou na quinta-feira o antes temido ministro do Interior egípcio, Habib al-Adly, a 12 anos por corrupção. Adly comandou os temidos serviços de segurança de Mubarak por mais de uma década, mas acabou condenado por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Ele deve ainda enfrentar um segundo julgamento por ordenar que a polícia atire em manifestantes. Em um terceiro caso, Adly, um ex-ministro de Finanças e um ex-premiê são acusados por um suposto acordo irregular com uma empresa alemã.
Mubarak está em prisão domiciliar em um hospital em Sharm el-Sheikh, mas os militares avaliam sua transferência para um hospital-prisão em Cairo. Seus dois filhos Alaa e Gamal, junto com dezenas de funcionários e empresários associados ao antigo regime, estão presos na famosa cadeia de Tora, no Cairo, que mantinha dissidentes políticos no regime Mubarak.
O setor turístico egípcio movimenta US$ 10 bilhões por ano, representando mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, além de empregar mais de 12% da força de trabalho. Mais de 14 milhões de turistas visitaram o Egito em 2010, um recorde. Os distúrbios políticos, porém, enfraqueceram o setor. As informações são da Dow Jones.
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