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Egito condena importante ativista pró-democracia à prisão perpétua

O tribunal também condenou à revelia 229 outros réus à prisão perpétua pelos mesmos crimes, assim como 39 menores de idade, que receberam penas de 10 anos de prisão, mesmo ausentes nos julgamentos

Atualização:
Ahmed Douma ouve o veridicto na Corte que o condenou à prisão perpétua no Cairo Foto: Mohamed El-Raay/ AFP

CAIRO - Uma corte egípcia condenou o destacado ativista Ahmed Douma à prisão perpétua nesta quarta-feira, 4, disseram fontes do Judiciário, como parte de uma contínua repressão contra islamitas e liberais de oposição ao governo.

Douma, um dos líderes da revolta pró-democracia que derrubou o autocrata Hosni Mubarak, foi condenado por distúrbios à ordem, violência e ataques a forças de segurança, cometidos no fim de 2011. O tribunal também condenou à revelia 229 outros réus à prisão perpétua pelos mesmos crimes, assim como 39 menores de idade, que receberam penas de 10 anos de prisão, mesmo ausentes nos julgamentos. Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, disse aos jornalistas que os Estados Unidos estão “profundamente preocupados” com as sentenças. “Julgamentos e condenações em massa vão contra os mais básicos dos princípios democráticos e ao devido processo judicial”, disse ela. “Parece simplesmente impossível que um exame justo das evidências e depoimentos possa ser alcançado sob tais circunstâncias.” No ano passado, em um caso que despertou a condenação internacional, o juiz Mohamed Nagi Shehata ordenou a prisão de três jornalistas da rede Al-Jazeera, incluindo o australiano Peter Greste.O magistrado tem sentenciado centenas de apoiadores da Irmandade Muçulmana à morte. Greste foi libertado no domingo após passar 400 dias em uma prisão do Cairo. / REUTERS 

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