Egito deteve desde junho 70 homens que queriam atacar no Iraque

Militantes queriam entrar no Iraque e se integrar a grupos de insurgentes islâmicos

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Por Agencia Estado
Atualização:

As forças de segurança egípcias detiveram nos últimos dois meses cerca de 70 islamitas em Alexandria, no norte do país, acusados de pretender entrar no Iraque para se unir a grupos insurgentes islâmicos no país. Segundo Mamduh Ismail, um advogado conhecido por defender islamitas egípcios, cerca de 70 suspeitos foram capturados dentro de uma operação realizada pelo Ministério do Interior em Alexandria. Alguns dos detidos foram acusados de se comunicar pela internet para organizar sua participação na resistência iraquiana. O jornal independente "Al-Masri Al-Yum" assegura hoje que os 70 islamitas são acusados de pertencer à Al Qaeda, informação que não foi confirmada por fontes oficiais. Ismail disse que é "muito cedo para dizer se os detidos formam uma rede relacionada com a Al Qaeda". O "Al-Masri Al-Yum", que cita fontes islamitas e de segurança, acrescenta que as autoridades egípcias fazem interrogatórios "secretos" com os detidos, que planejavam fazer parte da "resistência islâmica sunita" no Iraque. O jornal acrescenta que o motivo do secretismo das detenções, ocorridas entre o fim de julho e o início de agosto, é seguir com as investigações para capturar mais membros da suposta rede, considerada pelo Ministério do Interior como a "primeira organizada pela Al Qaeda no Egito". As fontes citadas pelo jornal descartaram que os suspeitos tivessem intenções de cometer atentados terroristas no Egito. Os acusados, de entre 17 e 35 anos, serão levados para prisões de segurança máxima no Egito. Eles podem ser acusados de formação de uma organização secreta e tentativa de participar de forças estrangeiras, entre outras acusações.

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