
04 de julho de 2013 | 20h45
O coronel Ahmed Mohammed Ali escreveu em sua conta no Facebook que as Forças Armadas e as agências de segurança do Egito querem "assegurar a reconciliação nacional, a justiça construtiva e a tolerância". Ele não esclarece como essa reconciliação seria obtida.
Nas horas que se seguiram ao golpe, forças de segurança detiveram pelo menos quatro integrantes do alto escalão da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder supremo do grupo, Mohammed Badie, preso numa cidade costeira do país e levado ao Cairo num helicóptero militar. Morsi, o presidente deposto, também está detido.
Ali disse que "apenas protestos pacíficos serão tolerados" e pediu à população que não ataque diretórios da Irmandade Muçulmana para evitar "um ciclo infindável de represálias".
Mais cedo, o presidente do Tribunal Constitucional do Egito, Adly Mansour, foi empossado presidente interino do país.
"Eu juro preservar o sistema da república e respeitar a Constituição e a lei, e proteger os interesses do povo", disse Mansour durante a cerimônia no Supremo Tribunal Constitucional.
De acordo com o decreto militar que ontem consolidou o golpe, Mansour deverá servir como líder interno até que um novo presidente civil seja eleito. Não se sabe, entretanto, quando ocorrerá a eleição prometida pelos líderes golpistas. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.
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