05 de agosto de 2014 | 09h10
O Canal de Suez rende cerca de 5 bilhões de dólares ao Egito por ano, sendo uma fonte vital de moeda forte para o país, que tem sofrido com uma queda no turismo e nos investimentos externos desde a insurgência de 2011.
O novo canal, parte de um projeto maior para expandir o porto de Suez e suas instalações de embarque, tem como objetivo aumentar a relevância internacional do Egito e estabelecer o país como um dos principais centros de comércio.
"Esse enorme projeto vai ser a criação de um novo Canal de Suez, paralelo ao canal atual, com uma extensão total de 72 quilômeros", disse o presidente da Autoridade do Canal de Suez, Mohab Mamish, em uma conferência em Ismailia, cidade portuária às margens do Canal. Os comentários foram transmitidos pela TV estatal.
Ele disse que o custo total estimado na escavação do novo canal estaria em torno de 4 bilhões de dólares, com conclusão prevista em cinco anos, embora o Egito vá se esforçar para terminar a obra em um prazo mais ambicioso de três anos.
O canal original, que liga os mares Mediterrâneo e Vermelho, levou 10 anos de trabalhos intensos e geralmente mal pagos para ser concluído por trabalhadores egípcios, que de acordo com a autoridade responsável pelo Canal de Suez foram recrutados em revezamento a uma frequência de 20 mil camponeses a cada 10 meses.
(Reportagem adicional de Ahmed Tolba)
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