
24 de dezembro de 2013 | 19h09
"Forças de segurança conseguiram prender Hisham Kandil, ex-primeiro ministro, concretizando um mandato da justiça contra ele. Ele foi preso em áreas montanhosas, ao lado de contrabandistas, tentando fugir para o Sudão", disse o ministro do Interior do Egito em um comunicado.
Kandil foi nomeado em julho de 2012 por Mursi, que venceu as primeiras eleições democráticas do Egito após a saída do presidente autocrático Hosni Mubarak, em 2011. Mursi foi deposto pelo exército em julho depois de protestos contra o seu governo.
A decisão contra Kandil foi emitida em abril de 2012, quando Mursi ainda estava no poder e foi reforçado pela corte superior em setembro. O caso relaciona-se com a venda, durante a era de Mubarak, de uma empresa estatal para um investidor privado.
O governo militar lançou feroz repressão ao grupo da Irmandade Muçulmana de Mursi e seus aliados islâmicos, na qual centenas de pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas.
Também baniu a Irmandade, classificando-a de "organização terrorista".
Pelo menos 15 pessoas foram mortas em um ataque suicida que bombardeou um centro de segurança em Nile Delta, nesta terça-feira, na operação militar mais recente que se tornou comum no Egito após Mursi.
(Reportagem de Yasmine Saleh)
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