Egito reforça segurança em igrejas cristãs após atentado em Alexandria

Coptas foram alvos do ataque na noite do Ano Novo; Natal egípcio ocorre na sexta

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CAIRO - O governo do Egito reforçou nesta segunda-feira, 3, as medidas de segurança em volta das igrejas cristãs do país devido à proximidade do Natal copta ortodoxo, celebrado na próxima sexta-feira. Um atentado contra uma igreja deixou 21 mortos em Alexandria na noite do Ano Novo. As informações são da agência de notícias AFP.

 

 

A presença policial nos postos de controle em frente às sedes religiosas foi reforçada, assim como a vigilância em portos e aeroportos. As autoridades suspeitam que a organização terrorista islâmica Al-Qaeda esteja por trás dos ataques, embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria.

 

O líder copta ortodoxo, o papa Shenouda III, assegurou que celebraria a Misa de Natal como faz em cada ano. "Deixar de rezá-la significaria que o terrorismo nos priva de celebrar o nascimento de Cristo", disse ele a um jornal egípcio.

 

O Natal copta (que significa egípcio e é uma religião desvinculada à Igreja católica) é celebrado na sexta-feira, dia de orações dos muçulmanos. As festividades começam na véspera.

 

Além de possíveis atentados, as autoridades temem novos enfrentamentos entre manifestantes cristãos ou entre coptas e muçulmanos. No domingo, conflitos entre coptas e a polícia deixaram 45 feridos.

 

Os coptas, ou cristãos do Egito, representam entre 6% e 10% dos 80 milhões de egípcios. São, na maioria, ortodoxos, embora a comunidade copta tenha aproximadamente 250 mil católicos coptas.

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A França já está em alerta depois de a igreja copta de Paris fazer denúncias de ameaças. Na Alemanha, um bispo copta havia expressado preocupações às autoridades do país antes do atentado em Alexandria.

 

O incidente é o mais mortífero do Egito desde a onda de ataques contra complexos turísticos do Mar Vermelho entre 2004 e 2006, que deixaram um total de 140 mortos.

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