25 de março de 2014 | 15h57
O juiz Said Youssef realizou o julgamento na cidade de Minya, ao sul do Cairo, nesta terça, ouvindo testemunhas do caso apesar da ausência dos advogados, que qualificaram a atitude como uma violação da lei. O mesmo magistrado havia proferido sentenças de morte a mais de 520 condenados na segunda-feira, em um julgamento em massa semelhante, que durou apenas duas sessões.
Entre os réus, está um importante líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, assim como vários outros membros seniores do grupo. Badie está sob custódia no Cairo, mas não foi levado à audiência em Minya por razões de segurança. Se for sentenciado à morte, ele pode ser a mais importante figura da Irmandade a receber esse tipo de sentença desde que o ideólogo do grupo, Sayed Qutb, foi executado em 1966. Mesmo assim, qualquer veredicto contra Badie provavelmente será objeto de recurso.
Autoridades egípcias estão realizando uma série de julgamentos em massa como parte de uma repressão a islâmicos e à Irmandade Muçulmana desde a deposição, em julho, do presidente Mohammed Morsi. Fonte: Associated Press.
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