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Ehud Olmert chega à China com Irã e comércio na agenda

Relações entre China e Israel têm sido prejudicadas pela oposição dos Estados Unidos e pelos contatos chineses com o atual governo palestino

Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, iniciou nesta terça-feira na China uma visita de três dias na qual tentará convencer o governo chinês a endurecer sua posição em relação ao programa nuclear iraniano e promoverá as relações comerciais bilaterais, informaram fontes da embaixada israelense em Pequim. "Ainda não podemos revelar nada concreto do programa de conversas, mas o Irã está na agenda", confirmou Nadav Eshcar, porta-voz de política da representação israelense na China. China e Rússia são os dois dos cinco membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU (que também conta com Estados Unidos, França e Reino Unido) que se opuseram à aplicação de medidas radicais contra o programa nuclear iraniano. Os dois países negociaram uma resolução mais suave, a 1737, aprovada em dezembro. As relações entre China e Israel têm sido prejudicadas pela oposição dos EUA e pelos contatos chineses com o atual governo palestino. Na quarta-feira, Olmert deve se reunir com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e com o ministro de Comércio, Bo Xilai. Na quinta-feira haverá um encontro com o presidente da China, Hu Jintao, confirmou o porta-voz. O líder israelense chega à China uma semana depois da visita ao país de Ali Larijani, diretor do Conselho de Segurança Nacional iraniano e negociador de seu país na crise sobre o programa nuclear. A China exigiu "uma resposta séria" do Irã às sanções impostas pela ONU. O fortalecimento das relações comerciais também é um ponto importante na agenda do primeiro-ministro israelense. Em 2005, o comércio bilateral chegou a US$ 3 bilhões e Olmert espera, este ano, superar os US$ 5 bilhões. A China é hoje um importante parceiro comercial de Israel, que exporta tecnologia civil, principalmente para software, equipamentos eletrônicos, satélites, agricultura e energia solar. Os EUA criticam o intercâmbio, por causa das exportações de armas e tecnologia militar.

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