
28 de agosto de 2014 | 02h04
Qual a dimensão do EI na Síria?
Se somarmos todas as cidades que controlam, um terço da Síria está nas mãos deles. Eles operam em dois países e se beneficiam de combatentes estrangeiros. O que é certo é que o terror não deve restrito a Iraque ou Síria. Com os recursos obtidos, o EI afetou o equilíbrio de poder no conflito.
Como um grupo extremista conseguiu espaço para crescer de tal maneira?
Isso ocorreu pela incapacidade da comunidade internacional de superar divisões e levar em conta a proteção dos civis na Síria. Tivemos os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança divididos.
Vemos que estão recrutando na Europa. Qual o impacto?
É uma geração que está sendo preparada para ser uma bomba de efeito retardado. Esse pessoal vai voltar a seus países. As democracias ocidentais não trataram do problema como deveriam fazer.
Como combater o EI ?
O mais eficiente seria acabar com o conflito na Síria. O EI não existiria sem o conflito na Síria. Portanto, foi a paralisia da comunidade internacional que é responsável, permitindo que a impunidade e o extremismo se fortalecessem.
Hoje o EI é uma ameaça maior que o governo de Assad?
O EI não é novo na Síria, nem seus massacres. O que ocorre é que ele é hoje um poder expansionista que quer remover a humanidade.
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